A crise na central nuclear de Fukushima deixou o Japão com uma área de 2400 quilómetros quadrados a precisar de descontaminação e 29 milhões de metros cúbicos de solo radioactivo, de acordo com a primeira estimativa oficial revelada pelo Governo nipónico sobre a escala da operação de limpeza necessária.
Só agora a verdadeira dimensão da crise nuclear em Fukushima está a tornar-se clara, seis meses depois do sismo de magnitude 9 na escala de Richter e do tsunami que danificou a central nuclear.
As áreas contaminadas onde os níveis de radioactividade precisam de ser controlados poderão ultrapassar os 2400 quilómetros quadrados, ou seja, cerca de metade da superfície do Algarve (com 5018 quilómetros quadrados), informou um relatório do Ministério do Ambiente.
Nas contas do Governo, o Japão tem em mãos 29 milhões de metros cúbicos de solos contaminados, que incluem solo e ainda folhas de árvores e detritos acumulados à superfície. Agora, as autoridades têm de decidir onde armazenar, temporariamente, tantos resíduos e encontrar uma solução permanente.
Até agora, o Ministério do Ambiente japonês conseguiu reunir 2,9 mil milhões de dólares (2,1 mil milhões de euros) para os trabalhos de descontaminação.
No seguimento da crise de Fukushima, 80 mil pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas, por causa da fuga de radioactividade.
Fonte: Público
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